99% da população mundial respira ar poluído, alerta OMS

A Organização Mundial da Saúde divulgou, na última segunda-feira (4), seu relatório atualizado sobre a qualidade do ar no planeta. É o mais abrangente já feito pela agência e mostrou que quase todo mundo (99% da população mundial) respira ar poluído.

Para a estimativa, foram analisados 117 países e 6.743 cidades – duas mil a mais do que no último relatório, publicado em 2018. Entraram na conta cerca de 40 cidades brasileiras, principalmente na região Sudeste. 

Lugares de todos os continentes aparecem no estudo, mas de maneira desproporcional. Os dados usados são fornecidos por órgãos especializados de cada país (como o nosso Instituto de Energia e Meio Ambiente), e a OMS afirma que as informações são mais abrangentes na Europa e América do Norte.

Das cidades analisadas, a grande maioria excede os níveis máximos ideais de poluição do ar estabelecidos pela OMS. O relatório também concluiu que mais da metade da população urbana mundial vive em lugares que ultrapassam em seis vezes esses limites, e que a qualidade do ar é pior no Mediterrâneo Oriental, no Sudeste Asiático e nos países africanos.

O que a OMS verifica nas cidades são suas concentrações médias anuais de material particulado (PM). Essa é a parte sólida da poluição, composta por grãozinhos muito pequenos que vêm, por exemplo, dos escapamentos dos carros e das indústrias. Esses níveis são analisados desde 2011 pela agência, a cada dois ou três anos.

Agora, o último relatório se tornou mais abrangente não só pelo aumento no número de cidades, mas também porque reuniu, pela primeira vez, medições das concentrações de outro poluente urbano comum chamado dióxido de nitrogênio (NO2) – que se origina principalmente dos motores de automóveis.

Viver em um local com grandes concentrações de NO2 traz impactos ao sistema respiratório, causando sintomas como tosse ou dificuldade para respirar, e está associado a doenças como a asma. Enquanto isso, o material particulado – principalmente em sua versão mais fina, chamada PM2,5 – é capaz de entrar na corrente sanguínea e causar impactos cardiovasculares, além de respiratórios. (Você pode conferir outros males da poluição nesta matéria da Super.)

Por causa disso, estima-se que 4,2 milhões de mortes em todo o mundo, por ano, estejam ligadas à poluição do ar. Para combater o problema, a OMS alerta que os governos intensifiquem ações para monitorar a qualidade do ar, investir em sistemas de transporte público e reduzir incêndios florestais e a incineração de resíduos agrícolas, por exemplo.

Relatório concluiu que a grande maioria das cidades excede os níveis máximos ideais de poluição do ar estabelecidos pela agência.

99% da população mundial respira ar poluído, alerta OMS

publicado em superinteressante

Para manter o aumento de temperaturas em até 1,5ºC, emissões devem atingir o pico em três anos

Por Maria Clara Rossini

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicou ontem (4) a terceira edição do sexto relatório que avalia as mudanças no clima do planeta – e o que devemos fazer para mitigá-las. O documento foi elaborado por 270 autores, de 65 países. Segundo eles, ainda é possível manter o aumento de temperatura global em até 1,5ºC – mas para isso, precisaríamos atingir o pico de emissões de gases do efeito estufa em três anos.

A temperatura do planeta já aumentou 1,1ºC desde 1900. Para evitar uma catástrofe climática, é necessário que esse aumento atinja, no máximo, 1,5ºC. O relatório concluiu que o mundo teria condições de atingir o pico de emissões em 2025. Em 2030, elas deveriam voltar aos níveis de 2019.

Outra meta que precisa ser atingida para não passar dos 1,5ºC é a redução do uso de outros combustíveis fósseis. O uso de carvão deve cair 95% até 2050, o de óleo deve cair 60% e o de gás em 45%.

Considerando os pareceres dos relatórios do IPCC e a reunião da COP26, que ocorreu em novembro de 2021, sabemos que é possível limitar o aumento de temperatura em até 1,5ºC – mas é improvável. A meta demandaria esforços políticos imediatos, além de gastos financeiros que poucos governos estão dispostos a pagar. Para atingir o objetivo, seria necessário gastar 2,3 bilhões de dólares anualmente no setor da eletricidade.

O relatório também apontou que apenas 10% das residências são responsáveis por 34% a 45% das emissões de gases do efeito estufa domésticos. Além dos esforços governamentais para reduzir emissões, os pesquisadores propõem mudanças nos comportamentos individuais, como usar veículos elétricos, adotar o teletrabalho, fazer mudanças na dieta e reduzir as viagens de avião. Isso poderia reduzir as emissões de gases entre 40% e 70% até 2050.

Essa é uma das conclusões do relatório mais recente do IPCC. Segundo os pesquisadores, 10% das residências são responsáveis por 45% das emissões de carbono

Para manter o aumento de temperaturas em até 1,5ºC, emissões devem atingir o pico em três anos

publicado em superinteressante

Pesquisas astronômicas emitem 20 milhões de toneladas de CO2 por ano

Por Rafael Battaglia

Estudos astronômicos que envolvem telescópios terrestres ou espaciais emitem, somados, 20 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2), o maior contribuinte do aquecimento global, por ano. É o que descobriu uma recente pesquisa francesa, publicada na Nature Astronomy na última segunda-feira (21). A quantidade de CO2 emitido é equivalente a de países inteiros, como Estônia, Líbano, Bolívia e Croácia.

Para chegar a esse número, a pesquisa considerou somente a construção e a manutenção da infraestrutura telescópios espaciais (como o Hubble e o James Webb) e terrestres, como o Square Kilometre Array, que será o maior radiotelescópio do mundo (e cuja construção começou em 2021). Não foram levados em conta outras atividades, como a energia gasta para manter supercomputadores e os escritórios de laboratórios observacionais nem viagens que cientistas que trabalham neles precisam fazer ocasionalmente.

Telescópios espaciais e terrestres poluem o mesmo que países como Bolívia e Croácia. Estudo alerta que o trabalho científico também deve pensar em soluções sustentáveis.

Pesquisas astronômicas emitem 20 milhões de toneladas de CO2 por ano

publicado em superinteressante

PFAS, ‘produtos químicos eternos’,  circulam através do solo, ar e água, segundo estudo da Universidade de Estocolmo

Espuma PFAS se acumula na represa Van Etten Creek em Oscoda Township, Michigan. Fotografia: Jake May / AP

Por Tom Perkins para o “The Guardian”

“Produtos químicos para sempre” tóxicos de PFAS no oceano são transportados da água do mar para o ar quando as ondas atingem a praia. Esse fenômeno representa uma fonte significativa de poluição do ar, concluiu um novo estudo da Universidade de Estocolmo.

As descobertas, publicadas na Environmental Science & Technology, também explicam em parte como o PFAS chega à atmosfera e, eventualmente, precipita . O estudo, que recolheu amostras de dois sítios noruegueses, também conclui que a poluição “pode impactar grandes áreas do interior da Europa e outros continentes, além de zonas costeiras”.

O estudo da Universidade de Estocolmo destaca a mobilidade dos produtos químicos, que foram encontrados em ovos de pinguins e ursos polaresEspuma PFAS se acumula na represa Van Etten Creek em Oscoda Township, Michigan. Fotografia: Jake May / AP Por Tom Perkins para o “The Guardian” “Produtos químicos para sempre” tóxicos de PFAS no oceano […]

PFAS, ‘produtos químicos eternos’,  circulam através do solo, ar e água, segundo estudo da Universidade de Estocolmo

publicado originalmente em blog do pedlowski

1% mais rico emite 30 vezes mais que o necessário para conter aquecimento global

A concentração de renda está entre os grandes vilões da crise do clima, indica um estudo divulgado nesta sexta (05/11) durante a COP26, conferência climática da ONU que acontece em Glasgow, na Escócia.

Dos anos 1990 para cá, as emissões de gases causadores do aquecimento global ficaram ainda mais concentradas no 1% mais rico da população mundial. Hoje, elas são 30 vezes mais altas do que deveriam ser se a humanidade quiser evitar mudanças climáticas perigosas (limitando o aumento da temperatura a menos de 1,5 ºC em relação aos níveis históricos).

Os dados vêm de um estudo feito pelo Instituto de Política Ambiental Europeia e o Instituto do Ambiente de Estocolmo (Suécia), a pedido da ONG Oxfam. Até 2030, o 1% mais rico estará emitindo 16% do total de CO2 produzido pela espécie humana. Em 1990, eles concentravam 13% das emissões.

Cada indivíduo desse grupo seleto de poluidores estará lançando no ar cerca de 70 toneladas de CO2 anualmente. Já as emissões dos 50% mais pobres da população ficarão em torno de 1 tonelada de gás carbônico por pessoa, por ano. “Uma elite minúscula parece ter ganhado passe livre para poluir”, declarou Nafkote Dabi, coordenadora de política climática da Oxfam.

A situação é preocupante mesmo quando são levados em conta os 10% mais ricos da população mundial. Se eles não restringirem seus padrões de consumo, o limite de emissões necessário para evitar um aquecimento superior a 1,5ºC poderá ser ultrapassado independentemente das ações dos outros 90% da humanidade. Os autores do relatório afirmam que é preciso impor restrições severas aos excessos do padrão de vida dos mais ricos, em setores como os voos particulares de avião e o uso de iates.

A conclusão é de uma pesquisa apresentada hoje (5) na COP26. Cada indivíduo da elite econômica mundial emite 70 toneladas de gases de efeito estufa anualmente.

1% mais rico emite 30 vezes mais que o necessário para conter aquecimento global

publicado originalmente em superinteressante

COP26: Grupo com mais de 40 países se compromete a eliminar uso do carvão mineral nas próximas décadas

Uma coalizão formada por mais de 40 países se comprometeu a retirar totalmente o carvão mineral (o mais poluente dos combustíveis fósseis) da sua matriz energética ao longo das décadas de 2030 e 2040. A iniciativa foi anunciada durante a COP26, conferência da ONU sobre a crise climática que acontece na Escócia.

“Nações de todos os cantos do mundo se uniram em Glasgow para declarar que o carvão não terá papel algum no futuro da nossa geração de energia. Os compromissos ambiciosos adotados por nossos parceiros internacionais demonstram que o fim do carvão já está à vista”, declarou Kwasi Kwarteng, secretário de negócios do Reino Unido, país anfitrião da conferência.  

Assim como acontece no caso dos demais combustíveis fósseis, a queima do carvão leva a emissões de CO2 (dióxido de carbono), gás que retém o calor perto da superfície da Terra. A questão é que as usinas de carvão mineral possuem alta intensidade de emissões mesmo quando comparadas às que usam gás natural, outra fonte de energia de origem fóssil.

O carvão é o mais poluente dos combustíveis fósseis, com alta intensidade de emissões de CO2. EUA e China ficaram de fora do acordo.

COP26: Grupo com mais de 40 países se compromete a eliminar uso do carvão mineral nas próximas décadas

publicado originalmente em superinteressante

Empresas querem produção de soja e criação de gado sem desmatamento — CURIOSIDADES NA INTERNET

Oito instituições financeiras e empresas do agronegócio anunciaram um compromisso de US$ 3 bilhões para a produção de soja e gado livre de desmatamento e conversão de habitats naturais na América do Sul, informou em nota a ONG The Nature Conservancy (TNC). O acordo prevê ainda US$ 200 milhões em desembolsos até 2022. Conheça o… […] […]

Empresas querem produção de soja e criação de gado sem desmatamento — CURIOSIDADES NA INTERNET

publicado originalmente em Bárbara Crane Navarro

Poluição do ar causou 1,1 milhão de mortes na África em 2019, indica estudo

A poluição do ar está custando caro aos países africanos. Segundo um novo estudo, ela foi responsável por 1,1 milhão de morte em 2019 – o que corresponde a 16,3% do total de óbitos no continente. Isso coloca a poluição como a segunda maior causa de morte na África, atrás somente da Aids.

Os cientistas apontam que, à medida que os países do continente se desenvolvem economicamente e as cidades se expandem, os impactos da poluição do ar tendem a aumentar. O estudo é considerado a avaliação mais abrangente da poluição do ar no continente africano até o momento. Ele foi liderado por pesquisadores do Boston College (Estados Unidos) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Os cientistas analisaram as tendências da poluição do ar em 54 países africanos, mas dedicaram atenção especial a três países – Etiópia, Gana e Ruanda –, que encontram-se em pontos críticos de desenvolvimento econômico.

As mortes atribuíveis à poluição do ar resultam de infecções respiratórias, isquemia cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica e acidente vascular cerebral. Além disso, a poluição pode causar lesões cerebrais em bebês e crianças pequenas, o que pode levar a declínios cognitivos.

Poluição do ar ambiente e do ar doméstico são a segunda maior causa de mortes no continente. Pesquisadores afirmam que os países estão em posição única para alcançar prosperidade sem combustíveis fósseis.

Poluição do ar causou 1,1 milhão de mortes na África em 2019, indica estudo

publicado originalmente em superinteressante

Rio Tietê é visto com água preta no interior de SP

A tonalidade da água no trecho do rio Tietê que passa pela cidade de Salto, no interior de São Paulo, preocupou os moradores neste domingo (29).

Em imagens gravadas e enviadas à TV TEM, um dos moradores diz que a água “parece petróleo”.

Apesar de ser impressionante, não é a primeira vez que as águas do Tietê ficam nessa cor. Em 2017 e 2014 o mesmo fenômeno foi registrado e cerca de 40 toneladas de peixes morreram.“A água estava parecendo piche, asfalto derretido. Muito feia a situação”, contou uma moradora em 2014.

‘Parece petróleo’, descreve um dos moradores da cidade de Salto

Rio Tietê é visto com água preta no interior de SP

publicado originalmente em Veja

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