Por que a Nasa tem o prêmio Snoopy de Prata?

Você não leu errado. A Nasa tem um prêmio chamado Silver Snoopy (Snoopy de Prata; sim, o cachorrinho do Charlie Brown). Mais de 15 mil pessoas foram premiadas desde 1968, quando a láurea surgiu, e nenhum astronauta está nessa lista.

Pelo contrário: são eles quem entregam o prêmio para aqueles que trabalham nos bastidores das missões. É uma forma de homenagear e reconhecer o trabalho das equipes de pesquisa e suporte responsáveis pela segurança e pelo sucesso dos programas espaciais.

O Silver Snoopy consiste em um pin prateado com o personagem em um traje espacial. Todos os pins voam em missões espaciais e, depois, são entregues com uma carta que explica de qual viagem o objeto participou – além de um certificado assinado e emoldurado.

Por que o prêmio foi criado?

Nos anos 1960, a Nasa trabalhava no Programa Apollo para explorar a Lua e colocar um astronauta no satélite. Era o terceiro programa de exploração espacial da agência americana, que disputava a superioridade no espaço com a União Soviética.

O personagem virou símbolo do sucesso das missões espaciais – e vai participar do Programa Artemis. Entenda como essa tradição surgiu.

Por que a Nasa tem o prêmio Snoopy de Prata?

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Nasa começa a estudar amostra lunar selada desde 1972

Na última vez em que humanos colocaram os pés na Lua, na missão Apollo 17 (1972), os astronautas Gene Cernan e Jack Schmitt martelaram um par de tubos de 35 centímetros na superfície do satélite para coletar amostras do solo lunar. 

A Nasa guardou esses materiais, sabendo que, no futuro, os cientistas seriam capazes de analisá-los melhor, equipados com novas tecnologias e novas perguntas. Foram 50 anos de espera. Um dos recipientes foi aberto em 2019; outro passou a ser investigado agora.

As amostras foram guardadas em uma câmara de vácuo e mantidas sob baixas temperaturas. Os cientistas esperam que o armazenamento especial tenha preservado substâncias que teriam se dissipado à temperatura ambiente – como dióxido de carbono. Por isso, só estão abrindo o recipiente agora, com uma ferramenta especial de perfuração construída pela Agência Espacial Europeia (ESA), que poderá extrair cuidadosamente os gases lunares eventualmente presentes na amostra.

A equipe começou a abrir um tubo protetor externo à amostra em 11 de fevereiro. Depois, em 23 de fevereiro, começou o processo para perfurar o recipiente interno – que deve se estender por várias semanas. Após extrair quaisquer gases lunares que ainda estejam dentro do tubo, os cientistas vão remover as rochas e a porção de solo lunar do recipiente.

A expectativa é que a análise ajude os cientistas a compreender a história geológica e a evolução da Lua. “Cada componente de gás analisado pode ajudar a contar uma parte diferente da história sobre a origem e evolução de substâncias voláteis na Lua e no início do Sistema Solar”, diz Francesca McDonald, que liderou a construção da ferramenta da ESA.

Quem conduz o estudo são pesquisadores do Apollo Next Generation Sample Analysis Program (ANGSA), programa da Nasa que coordena a análise de antigas amostras lunares, coletadas pela Apollo 15 e pela Apollo 17.

Os estudos de agora também poderão mostrar aos cientistas se os processos de armazenamento utilizados realmente conservaram os materiais lunares – informações importantes para coletas em futuras missões à Lua, como o programa Artemis, da Nasa.

Segundo a astroquímica Jamie Elsila, a espera para estudar as amostras valeu a pena. “Nossa sensibilidade analítica melhorou muito e novos métodos foram desenvolvidos para isolar os compostos nos quais estamos interessados, dando-nos uma capacidade de detecção que não era possível há 50 anos.”

Recipiente armazenado em condições especiais, que pode conter gases lunares, está sendo aberto com ferramenta especial construída pela Agência Espacial Europeia.

Nasa começa a estudar amostra lunar selada desde 1972

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Nasa investiga a possibilidade de colocar um reator nuclear na lua

O último homem a pisar na lua foi Eugene Cernan, em 1972. Desde então, apenas sondas e rovers voltaram a explorar o satélite. A história pode mudar em 2025, com a chegada de astronautas pela missão Artemis, que pretende não só abrir espaço para uma futura colônia lunar, mas também servir como um caminho intermediário para que os humanos alcancem o planeta Marte.

Para estabelecer uma colônia na lua, é preciso pensar onde os astronautas irão se abrigar, o que irão comer, quais serão suas fontes de água e oxigênio e de onde virá a energia para manter todos os sistemas funcionando. A energia solar não é uma opção viável, já que uma noite lunar equivale a 14 dias na Terra, tendo pouco abastecimento. A Nasa acredita que a melhor opção seja a fissão nuclear, e está agora procurando por parceiros da indústria interessados em desenvolver a tecnologia na lua. 

A agência espacial está recebendo projetos de empresas interessadas em desenvolver um protótipo – mas a construção dele não deve ocorrer tão cedo.

Nasa investiga a possibilidade de colocar um reator nuclear na lua

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Missão de defesa planetária da NASA irá mudar rota de um asteroide

Há 66 milhões de anos, um asteroide do tamanho de uma cidade atingiu a Península de Yucatán, no México, desencadeando consequências ecológicas que levaram à extinção dos dinossauros. No futuro, seria possível que outro asteroide dessa proporção atingisse a Terra? 

É improvável. Hoje, há tecnologia suficiente para mapear ameaças que ultrapassam um quilômetro de largura. Na verdade, 90% destes asteroides já foram catalogados pela Nasa. O problema são os objetos celestes que se encontram em uma categoria intermediária: nem pequenos demais para serem queimados durante a passagem pela atmosfera terrestre e nem grandes o suficiente para serem notados pelos astrônomos. Falamos aqui de rochas entre 140 e 1.000 metros.

Sonda será lançada na próxima quarta-feira (24) e deverá colidir com objeto espacial daqui um ano. O asteroide não é uma ameaça para a Terra, mas os dados gerados pelo experimento devem ajudar em situações de emergência no futuro

Missão de defesa planetária da NASA irá mudar rota de um asteroide

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Sonda lançada pela Nasa irá visitar oito asteroides ao longo de 12 anos

No último sábado (16), a sonda Lucy, da Nasa, decolou rumo aos asteroides próximos de Júpiter, conhecidos como Trojans ou asteroides troianos. A sonda passará por oito asteroides ao longo dos próximos 12 anos: Patroclus, Menoetius, Polymele, Orus, Leucus, DonaldJohanson, Eurybates e Queta. 

O objetivo da missão é explorar esses objetos cósmicos para entender como os planetas foram formados. Acredita-se que os asteroides troianos tenham surgido no início do Sistema Solar. Eles compartilham a mesma órbita que Júpiter – ou seja, estão à mesma distância do Sol. Os asteroides troianos estão divididos em dois grupos: um que fica “na frente” de Júpiter, chamado L5, e outro que fica “seguindo” o planeta, chamado L4. Veja abaixo.

 Os asteroides do grupo L4 são batizados em homenagem aos personagens homéricos do lado grego da Guerra de Tróia (como Euríbates, Polímelo e Leuco). Já os asteroides do grupo L5 recebem os nomes de personagens troianos (como Patroclus e Menoetius).

A sonda irá estudar a composição, densidade e estrutura de cada asteroide. O nome “Lucy” é uma homenagem ao hominídeo mais antigo já encontrado, batizado Lucy. O esqueleto de 3,2 milhões de anos levou às principais descobertas sobre a evolução humana. Da mesma forma, a Nasa acredita que os asteroides troianos podem revelar segredos sobre a evolução do Sistema Solar.

A sonda segue em direção a asteroides próximos a Júpiter. Acredita-se que eles sejam fragmentos de planetas – e possam explicar a evolução do Sistema Solar

Sonda lançada pela Nasa irá visitar oito asteroides ao longo de 12 anos

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Telescópio espacial James Webb, da Nasa, deve ser lançado em dezembro

O Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, foi lançado três décadas atrás. Ele contribuiu e continua contribuindo para a astronomia, mas já não é o satélite mais moderno da agência. No dia 18 de dezembro, à bordo do foguete Ariane 5 da Agência Espacial Europeia (ESA), deve ir ao céu seu sucessor: o Telescópio Espacial James Webb (JWST), que promete enxergar mais longe do que o Hubble. 

O projeto do James Webb, que recebe o nome de um ex-administrador da Nasa, não é recente. Ele foi idealizado em 1996 e, desde então, recebeu um investimento de US$ 10 bilhões. A equipe por trás do novo observatório soma 1.200 pessoas, entre cientistas, técnicos e engenheiros de 14 países. 

Como será capaz de enxergar muito longe, o telescópio irá investigar eventos que aconteceram 13,6 bilhões de anos atrás, chegando à formação das primeiras estrelas e galáxias, que surgiram 100 a 250 milhões de anos após o Big Bang. A luz de objetos nessa parte distante do universo é desviada para o vermelho, sendo necessários telescópios infravermelhos para observá-los. O JSWT tem essa capacidade, enquanto o Hubble observa principalmente a luz ultravioleta e elemento

O novo observatório, que ficará localizado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, deve ajudar os astrônomos a compreender a formação das primeiras estrelas e galáxias do universo.

Telescópio espacial James Webb, da Nasa, deve ser lançado em dezembro

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Nasa divulga o primeiro mapa detalhado do interior de Marte

Há algum tempo a estrutura interna de Marte é objeto de curiosidade para os cientistas. Missões espaciais ao planeta vermelho se concentraram em sua superfície, mas a missão InSight da Nasa investigou Marte a fundo e agora oferece detalhes sobre seu interior – e pistas sobre a história do planeta. A missão forneceu dados sobre a composição e o tamanho das camadas da estrutura interna de Marte – núcleo, manto e crosta. As descobertas foram relatadas em três artigos publicados recentemente na revista Science.

Bruce Banerdt, pesquisador principal da InSight, afirma que esses resultados representam todo o trabalho da última década. “Quando começamos a pensar a missão, mais de uma década atrás, nós esperávamos obter as informações que estão nestes documentos.” Em 2018, a espaçonave da missão pousou em Marte. A partir daí, o sismômetro da missão – Seismic Experiment for Interior Structure (SEIS), ou Experimento Sísmico para Estrutura Interior – começou seu trabalho, detectando movimentos no solo do planeta.

A partir de dados obtidos pela missão InSight, cientistas fizeram algumas descobertas sobre a estrutura interna do planeta vermelho.

Nasa divulga o primeiro mapa detalhado do interior de Marte

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