Da janela lateral Do quarto de dormir Vejo uma igreja Um sinal de glória Vejo um muro branco E um vôo pássaro Vejo uma grade E um velho sinal
Mensageiro natural De coisas naturais Quando eu falava Dessas cores mórbidas Quando eu falava Desses homens sórdidos Quando eu falava Desse temporal Você não escutou
Você não quer acreditar Mas isso é tão normal Você não quer acreditar Que eu apenas era
Cavaleiro marginal Lavado em ribeirão Cavaleiro negro Que viveu mistérios Cavaleiro e senhor De casa e árvore Sem querer descanso Nem dominical
Cavaleiro marginal Banhado em ribeirão Conheci as torres E os cemitérios Conheci os homens E os seus velórios
Eu olhava da janela lateral Do quarto de dormir Você não quer acreditar Mas isso é tão normal Você não quer acreditar
Um cavaleiro marginal Banhado em ribeirão Você não quer acreditar
[Nando Reis] Maior floresta tropical da terra A toda hora sofre um duro golpe Contra trator, corrente, motosserra A bela flora clama em vão: Me poupe!
[Diogo Nogueira] Porém, tem uma gente surda e cega Para a beleza e o valor da mata Embora o mundo grite que já chega Pois é a vida que desmate mata
[Anavitória] Mais vasta ainda todavia é a devastação e o trauma Focos de fogo nos sufocam fauna, flora e até a alma
[IZA e Gal Costa] Amazônia! Razão de tanta insânia e tanta insônia Amazônia! Objeto de omissão e ação errônea Amazônia! É sem igual, sem plano B, nem clone Amazônia!
[Criolo] Desmonte pra desmate e desvario Liberam a floresta no Brasil Pro agrobiz e pra mineração Pra hidrelétrica, pra exploração
[Xande dos Pilares] Recompensando o crime ambiental Desregulando o clima mundial Negam ciência, incêndio e derrubada Negando, vão passando a boiada
[Arnaldo Antunes] Que ignorância, repugnância A cada lance, a cada vídeo Que grande bioecoetnogenomatrisuicídio!
[Flor Gil e Djuena Tikuna] Amazônia! Abaixo o desgoverno que abandone a Amazônia! Não mais a soja, o pasto que seccione Amazônia! Não mais a carne, o prato que pressione a Amazônia!
[Gilberto Gil] Dos povos da floresta sob pressão O indígena, seu grande guardião Em comunhão com ela há milênios Nos últimos e trágicos decênios
[Milton Nascimento] Vem vendo a mata sendo ameaçada E cada terra deles atacada Por levas de peões de poderosos Com planos de riquezas horrorosos
[Rincon Sapiência] É invasão, destruição Ódio a quem são seus empecilhos Eles não ligam pro amanhã Nem pro planeta dos próprios filhos
[Gaby Amarantos e Duda Beat] Amazônia! Abaixo o madeireiro que detone a Amazônia! Abaixo o garimpeiro que infeccione a Amazônia! Abaixo o grileiro que fraciona Amazônia!
[Samuel Rosa] Mais valiosa que qualquer minério Tragada pela mata que transpira A água que evapora, sobe e vira De veio subterrâneo a rio aéreo
[Real] Mais volumosos do que o Amazonas Os rios voadores distribuem Seus límpidos vapores que afluem Ao centro-sul, chegando noutras zonas
[Péricles] Então como é que na floresta mais chuvosa o fogo avança E ardendo em chamar nela queima de futuro uma esperança?
[Camila Pitanga e Daniela Mercury] Amazônia! Não mais um mandatário que intencione a Amazônia! Nem mais um empresário que ambicione a Amazônia! Pra mais um ciclo de nação-colônia Amazônia!
[Thaline Karajá] Visão monumental, que maravilha Obra da natureza que exubera De cores, seres, cheiros, som, de vida Tão pródiga, tão pura, tão diversa
[Vitão] A fábrica de chuva mais prolixa A maquina do mundo mais complexa O doceanoverdeparaíso O coração pulsante do planeta
[Maria Bethânia] Quinze mil árvores, contudo Agora estão indo pro chão Quinze mil vidas derrubadas Só durante o tempo desta canção!
[Agnes Nunes e Céu] Amazônia! Quem nem desmatamento desmorone a Amazônia! E nem desmandamento deixe insone a Amazônia! E nem o aquecimento desfuncione a Amazônia!
[Bacu Exu do Blues] O que o índio viu, previu, falou Também o cientista comprovou Desmate aumenta, o clima seco aquece A mata, o céu e a Terra, que estarrece
[Chico César] Esse é o recado deles, lá no fundo Salve-se a selva ou não se salva o mundo Pra não torná-los um inferno, um forno Salve a amazônia do ponto sem retorno
[Majur] Será que ainda está em tempo Ou o timing disso já perdemos? Pois, evitemos, pelo menos Os eventos mais extremos
[Caetano Veloso e Preta Gil] Amazônia! Quando afinal o homem dimensione a Amazônia! Que venha a ter valido a nossa insônia Amazônia! Enquanto nos encante e emocione Amazônia!
[Todos] Salve a amazônia! Salve-se a selva ou não se salva o mundo Salve a amazônia! Salve-se a selva ou não se salva o mundo Salve a amazônia! Salve-se a selva ou não se salva o mundo
Salve a amazônia! Salve-se a selva ou não se salva o mundo Salve a amazônia! Salve-se a selva ou não se salva o mundo Salve a amazônia! Salve-se a selva ou não se salva o mundo Salve a amazônia! Salve-se a selva ou não se salva o mundo
Salve a amazônia! Salve a amazônia! Salve a amazônia!
O que será que me dá Que me bole por dentro, será que me dá Que brota à flor da pele, será que me dá E que me sobe às faces e me faz corar E que me salta aos olhos a me atraiçoar E que me aperta o peito e me faz confessar O que não tem mais jeito de dissimular E que nem é direito ninguém recusar E que me faz mendigo, me faz suplicar O que não tem medida, nem nunca terá O que não tem remédio, nem nunca terá O que não tem receita
❣️
O que será que será Que dá dentro da gente e que não devia Que desacata a gente, que é revelia Que é feito uma aguardente que não sacia Que é feito estar doente de uma folia Que nem dez mandamentos vão conciliar Nem todos os unguentos vão aliviar Nem todos os quebrantos, toda alquimia E nem todos os santos, será que será O que não tem descanso, nem nunca terá O que não tem cansaço, nem nunca terá O que não tem limite
❣️
O que será que me dá Que me queima por dentro, será que me dá Que me perturba o sono, será que me dá Que todos os tremores me vêm agitar Que todos os ardores me vêm atiçar Que todos os suores me vêm encharcar Que todos os meus nervos estão a rogar Que todos os meus órgãos estão a clamar E uma aflição medonha me faz implorar O que não tem vergonha, nem nunca terá O que não tem governo, nem nunca terá O que não tem juízo
Da janela lateral Do quarto de dormir Vejo uma igreja Um sinal de glória Vejo um muro branco E um vôo pássaro Vejo uma grade E um velho sinal
Mensageiro natural De coisas naturais Quando eu falava Dessas cores mórbidas Quando eu falava Desses homens sórdidos Quando eu falava Desse temporal Você não escutou
Você não quer acreditar Mas isso é tão normal Você não quer acreditar Que eu apenas era
Cavaleiro marginal Lavado em ribeirão Cavaleiro negro Que viveu mistérios Cavaleiro e senhor De casa e árvore Sem querer descanso Nem dominical
Cavaleiro marginal Banhado em ribeirão Conheci as torres E os cemitérios Conheci os homens E os seus velórios
Eu olhava da janela lateral Do quarto de dormir Você não quer acreditar Mas isso é tão normal Você não quer acreditar
Um cavaleiro marginal Banhado em ribeirão Você não quer acreditar
Um encontro de Estrelas… inesquecível e imprescindível para quem acredita no Bom,no Belo e no Eterno…
Paz e Luz ✨✨✨✨
VOLVER A LOS 17…
*Voltar aos 17…
Voltar aos 17 depois de viver um século É como decifrar sinais sem ser sábio competente Voltar a ser de repente tão fragil como um segundo Voltar a sentir profundo como um menino diante de Deus Isso é o que sinto neste instante fecundo
Vai se envolvendo, envolvendo Como no muro a hera E vai brotando, brotando Como o musgo na pedra Como o musgo na pedra, ai sim, sim, sim.
Meu passo retrocede quando o de vocês avança O arco das alianças penetrou em meu ninho Com todo seu colorido passeou por minhas veias E até a dura corrente com a qual nos prende o destino É como um diamante fino que ilumina minha alma serena
Vai se envolvendo, envolvendo Como no muro a hera E vai brotando, brotando Como o musgo na pedra Como o musgo na pedra, ai sim, sim, sim.
O que pode o sentimento não o pode o saber Nem o mais claro proceder, nem o maior dos pensamentos Tudo o muda num momento qual mago condescendente Nos afasta docemente de rancores e violências Só o amor com sua ciência nos torna tão inocentes
Vai se envolvendo, envolvendo Como no muro a hera E vai brotando, brotando Como o musgo na pedra Como o musgo na pedra, ai sim, sim, sim.
O amor é um turbilhão de pureza original Até o feroz aminal sussura seu doce som Detém os pergrinos, liberta os prisioneiros O amor com seus esforços ao velho o torna criança E ao mal só o carinho o torna puro e sincero
Vai se envolvendo, envolvendo Como no muro a hera E vai brotando, brotando Como o musgo na pedra Como o musgo na pedra, ai sim, sim, sim.
De par em par a janela se abriu como por encanto Entrou o amor com seu manto como uma fraca manhã Ao som de sua bela Diana fez brotar o jasmim Voando qual serafim ao céu lhe pôs brincos Meus anos em dezessete os converteu o querubim
Há um menino Há um moleque Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto balança Ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente Um sol bem quente lá no meu quintal Toda vez que a bruxa me assombra O menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas Que eu acredito Que não deixarão de existir Amizade, palavra, respeito Carater, bondade alegria e amor Pois não posso Não devo Não quero Viver como toda essa gente Insiste em viver E não posso aceitar sussegado Quaquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude O solidário não quer solidão Toda vez que a tristeza me alcança O menino me dá a mão Há um menino Há um moleque Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto fraqueja Ele vem pra me dar a mão