Mulher recebe implante de orelha feita com as próprias células

Uma orelha impressa em 3D foi transplantada com sucesso em uma mulher com uma deformidade na orelha. A operação foi o primeiro teste clínico da tecnologia, feita pela companhia 3DBio Therapeutics.

A mulher era acometida de microtia, uma condição em que uma ou as duas orelhas não se desenvolvem plenamente ou estão ausentes. Os pacientes geralmente têm seus implantes feitos com materiais sintéticos ou enxertos de costela, que envolvem uma cirurgia complicada.

“Esse novo implante requer um procedimento menos invasivo do que usar cartilagem da costela na reconstrução. Também esperamos que resulte em uma orelha mais flexível do que a reconstrução com um implante de polietileno poroso”, conta Arturo Bonilla, o cirurgião que realizou a operação.

A nova tecnologia aplicada, por outro lado, usa um tecido personalizado e dura poucas horas. O processo recolhe amostras de células que formam a cartilagem da pessoa, então eles multiplicam a pequena amostra em várias células. A companhia as mistura com uma base de colágeno e as usa para imprimir uma réplica da orelha não afetada do paciente.

As células vivas continuam produzindo cartilagem durante a vida da pessoa; além disso, o implante é menos propenso a ser rejeitado pelo corpo, pois é feito das próprias células.

É um passo importante para a criação de tecidos artificiais e implantes. “Acreditamos que os teste clínicos podem nos dar não só evidências do valor desse produto inovador e do impacto positivo nos pacientes de microtia, mas também demonstra o potencial dessa tecnologia em fornecer implantes de tecidos vivos em outras áreas futuramente”, conta Daniel Cohen, cofundador da 3DBio Therapeutics.

Feito a partir de uma impressão 3D, o modelo usou células de cartilagem tiradas da paciente.

Mulher recebe implante de orelha feita com as próprias células

publicado em superinteressante

Implante cerebral permite que mulher cega veja formas simples

Pesquisadores criaram e testaram com sucesso uma forma de visão artificial. Após receber um implante cerebral, Bernardeta Gómez, de 57 anos, pôde identificar letras, linhas e formas simples – e conseguiu até jogar uma versão simplificada do jogo Pac-Man.

Gómez perdeu a visão há 16 anos por uma lesão do nervo óptico chamada neuropatia óptica tóxica. Em uso inédito da tecnologia, a equipe de pesquisadores implantou um arranjo de 96 microeletrodos, com 4 mm por 4 mm, no córtex visual da ex-professora de biologia, para fazê-la enxergar.

Durante os experimentos, Gómez usou óculos especiais, equipados com uma câmera. Os dados visuais coletados pelos óculos eram codificados e enviados para os eletrodos. Eles estimulavam diretamente o cérebro da voluntária, que transformava os sinais elétricos em imagens. 

Os pesquisadores ativaram os eletrodos gradualmente nos testes, para aumentar a complexidade da estimulação à medida que o cérebro de Gómez aprendia a distinguir as imagens. Ela começou visualizando pontos, avançou para a identificação de barras (exemplificada neste vídeo) e, posteriormente, pôde perceber um rosto humano.

Os experimentos aconteceram durante um período de seis meses e foram relatados em um estudo publicado recentemente na revista Journal of Clinical Investigation. Segundo os pesquisadores, não houve complicações para a implantação e posterior retirada dos eletrodos. Também não se percebeu influência do implante para além do córtex visual, e os eletrodos não prejudicaram a função de neurônios próximos.

Pesquisadores inseriram um conjunto de eletrodos no córtex visual da voluntária; dispositivo estimulou diretamente os neurônios, enviando sinais elétricos que o cérebro interpretou como imagens

Implante cerebral permite que mulher cega veja formas simples

publicado originalmente em superinteressante

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