O perigo no uso (e abuso) das telas pelas crianças

Por Diogo Sponchiato

Não é de hoje que pediatras, psicólogos e outros profissionais defendem mais cuidado e moderação com os meios eletrônicos na infância. Nos últimos tempos, porém, não só rolou uma avalanche de evidências científicas sobre as repercussões negativas desse estilo de vida vidrado nas telas como cresceu a preocupação com o uso cada vez mais precoce e intenso de computadores, smartphones e tablets.

E, claro, a Covid-19 bagunçou tudo: com o isolamento social, os limites de tempo na frente das telinhas e telonas caíram por terra. Falo por experiência própria. Tenho gêmeos de 5 anos e ficamos meses dentro de um apartamento com opções de espaço e atividades restritas.

O desafio era equilibrar uma rotina sem brincadeiras ao ar livre, com aulas online e os nossos próprios trabalhos e afazeres domésticos. Que atirem a primeira pedra os pais que, em condições parecidas, não liberaram horas a mais de TV ou celular.

No fim das contas, quem se deu melhor foram as famílias que conseguiram flexibilizar o acesso à tecnologia sem deixar de lado a interação, o afeto e o mundo fora das telas, retomando as rédeas da situação com a reabertura das escolas e dos espaços de lazer. Mas é inegável que a pandemia atropelou etapas e antecipou tendências.

“Desde a entrada da internet discada no Brasil, estamos acompanhando a evolução do uso da tecnologia pelas pessoas. E o que esperávamos ver daqui a cinco ou dez anos aconteceu da noite para o dia”, observa Andrea Jotta, pesquisadora do Laboratório de Psicologia em Tecnologia, Informação e Comunicação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Tudo (ou quase tudo) migrou para o universo digital. E, para o bem e para o mal, nos tornamos ainda mais dependentes das telas, especialmente a nova geração.

Especialistas alertam para os prejuízos físicos, psíquicos e sociais que celulares, computadores, videogames e afins podem causar. Hora de rever limites

O perigo no uso (e abuso) das telas pelas crianças

publicado originalmente em Veja saúde

Cientistas usam truques de mágica para investigar a mente de pássaros

Ilusionistas exploram lacunas em nossa atenção e percepção para disfarçar movimentos que realizam diante de nossos olhos – como tirar uma moeda de trás da orelha. Nos últimos anos, cientistas perceberam que investigar por que somos enganados por truques de mágica pode ser um bom jeito de entender como nossa mente funciona. Mas e outros animais? Eles caem nos mesmos truques que nós?

É o que tentam descobrir alguns pesquisadores, como a equipe liderada pela professora Nicola Clayton, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Eles são responsáveis pelo primeiro estudo a comparar como animais e pessoas reagem a truques de mágica pensados para enganar humanos.

Os animais estudados foram os gaios (Garrulus glandarius), pássaros da família Corvidae, como corvos e gralhas. Eles foram escolhidos porque, como outros membros da família, demonstram habilidades cognitivas sofisticadas e são considerados relativamente inteligentes.

Estudo comparou a reação de gaios e pessoas a ilusões que transferem objetos entre as mãos. Os pássaros não se deixaram enganar em duas situações, mas surpreenderam os cientistas em uma terceira. Entenda.

Cientistas usam truques de mágica para investigar a mente de pássaros

publicado originalmente em superinteressante

Zoom: é para ver… e para comer

Apresentamos, em detalhes impossíveis de ver a olho nu, a superfície de uma folha de capuchinha. Essa é uma planta que dá Brasil afora e é mais conhecida pelas flores de cor laranja, amarela ou vermelha.

São lindas de ver e boas de comer. Afinal, essa espécie é uma PANC, planta alimentícia não convencional. Podemos saborear tanto as flores como folhas e ramos nas mais diversas e atraentes receitas.

7 a 10 mil espécies
De PANC são estimadas no Brasil. Além da capuchinha, tem ora-pro-nóbis, major-gomes, taioba etc.

59 miligramas
De vitamina C é o que se encontra em 100 g da flor alaranjada da capuchinha, segundo análise nacional.

Parece uma veia, mas é uma planta brasileira e azedinha: descubra qual

Zoom: é para ver… e para comer

publicado originalmente em Veja saúde

PANC para quem está internado

Cada vez mais falamos sobre as plantas alimentícias não convencionais e a importância de valorizar essas espécies “diferentonas”. E por que não colocá-las no prato de quem está hospitalizado?

Para incentivarem o uso nesse ambiente, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), capitaneados pelas nutricionistas Betzabeth Slater e Weruska Davi Barrios, lançaram o livro digital PANC – Hortaliças Tradicionais e Técnicas Culinárias na Nutrição Hospitalar.

Além de abordar atitudes sustentáveis nesse contexto e trazer perfis e formas de utilização das plantas, o material apresenta uma compilação de receitas com alimentos da nossa biodiversidade — todas testadas na Cozinha de Práticas e Técnicas Culinárias da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Para baixar o e-book, clique aqui.

Destaques para o menu

Espécies de PANC que constam na obra:

  • Ora-pro-nóbis
    Conhecida dos mineiros, em geral é consumida depois de cozida. Seu sabor é neutro. Reúne fibras e proteínas de boa qualidade.
  • Major-gomes
    Tem vários apelidos, como beldroega-grande e maria-gorda. O gosto se assemelha ao do espinafre. O ideal é comer após cozida.
  • Bertalha
    Trata-se de uma trepadeira de folhas consideradas delicadas e suculentas. Esbanja substâncias antioxidantes.
  • Folha da batata-doce
    Pode ser usada como hortaliça cozida. O sabor é delicado. Concentra fibras, proteínas, ferro, além das vitaminas C e do complexo B.

Um guia gratuito ensina a usar as plantas alimentícias não convencionais (PANC) dentro de hospitais

PANC para quem está internado

publicado originalmente em Veja saúde

O que faríamos se um cometa estivesse em rota de colisão com a Terra?

Todo mundo já se perguntou o que aconteceria se um cometa (como aquele que matou os dinossauros) estivesse a caminho da Terra agora. A resposta curta é que a humanidade provavelmente seria extinta. A resposta longa rende um filme da Netflix de duas horas e meia: Não Olhe para Cima, que chega à plataforma no dia 24 de dezembro.

Na trama, a pós-doutoranda Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) descobre um cometa do tamanho do Monte Everest a caminho do planeta. Ele deverá colidir com a Terra em apenas seis meses. Esse é o tempo que Kate e o professor Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) têm para convencer o governo e a população a tomar alguma atitude.

Essa é a pergunta que move a trama de “Não Olhe para Cima”, nova produção da Netflix. Conversamos com Amy Mainzer, consultora científica do filme, para entender o que é fato ou ficção.

O que faríamos se um cometa estivesse em rota de colisão com a Terra?

publicado originalmente em superinteressante

Queimadura solar é coisa séria!

Ficar queimado de sol não é bonito nem saudável: acelera o processo de envelhecimento celular e é uma causa evitável de câncer de pele.

De acordo com informações reunidas na última Campanha Nacional do Câncer de Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)mais de 60% dos brasileiros não usam nenhum tipo de proteção no dia a dia.

E um novo estudo, publicado pela Associação Médica Americana, analisou quase dez anos de diagnósticos de queimaduras solares para elencar as características de quem costuma errar a mão no bronzeado: a maioria é mulher e jovem, e mais de 80% não tratam o problema, apesar de passar pelo médico.

Os autores acreditam que esses dados ajudarão a estruturar iniciativas mais efetivas de prevenção e detecção do câncer de pele.

+ Leia Também: Protetor solar: o tipo e o jeito certo de usar

esquema pele sol

Pesquisas atestam que as pessoas ainda subestimam o sol — e o risco do câncer de pele

Queimadura solar é coisa séria!

publicado originalmente em Veja saúde

Experimento da Nasa com pimentas quebra dois recordes mundiais

Um experimento realizado pela Nasa, que consistia em cultivar e colher pimentas no espaço, quebrou o recorde mundial por alimentar mais astronautas com uma safra cultivada no espaço. Além disso, foi o experimento com plantas mais longo já realizado na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Chamado de “Plant Habitat-04” (ou PH-04), o teste tem como objetivo aumentar o conhecimento sobre o cultivo de alimentos para missões espaciais longas. Segundo a Nasa, ele é um dos experimentos com plantas mais complexos já realizados na ISS, por conta da longa germinação e do tempo de crescimento das pimentas.

O estudo começou escolhendo as pimentas certas. Pesquisadores da Nasa passaram dois anos avaliando mais de vinte variedades de pimenta de todo o mundo, para entender qual poderia se dar melhor no ambiente controlado de cultivo que iria para o espaço. A escolhida foi a “Española Improved”, um híbrido desenvolvido pela Universidade Estadual do Novo México que combina duas variedades (a “Hatch Sandia” e a “Española”).

Ao todo, 48 sementes foram plantadas em um dispositivo chamado “carregador científico” contendo argila para o crescimento de raízes e fertilizante de liberação controlada para pimentas.  O dispositivo foi enviado para a ISS no início de junho, em uma missão de reabastecimento de carga operada pela SpaceX. Ao chegar à Estação Espacial Internacional, o aparelho foi encaixado na APH (Advanced Plant Habitat), a maior das três câmaras de crescimento de plantas a bordo do laboratório da estação, que tem uma série de sensores para monitorar o crescimento das plantas.

Astronautas cultivaram uma variedade mexicana, a “Española Improved”, na Estação Espacial Internacional; planta demorou mais do que o esperado para crescer

Experimento da Nasa com pimentas quebra dois recordes mundiais

publicado originalmente em superinteressante

Faça um esporte e envelheça bem melhor

Um grande elenco de pesquisas já comprovou que a prática de atividade física eleva a qualidade e a expectativa de vida. Mas, em busca dos detalhes biológicos desses benefícios, cientistas da Universidade do Sul da Dinamarca foram olhar o que acontece no interior das células quando praticamos regularmente esportes como futebol e handebol.

E descobriram que o hábito interfere tanto no comprimento dos telômeros — as extremidades dos cromossomos, os pacotes que carregam os genes — quanto na função da mitocôndria, a usina de energia das células. Esse é o primeiro estudo do planeta a investigar esses efeitos, e, para tanto, os experts examinaram 129 mulheres saudáveis que praticavam esportes coletivos.

Voltando à bioquímica das coisas, sabe-se que os telômeros diminuem com o passar do tempo, o que atrapalha a renovação celular e acelera o envelhecimento e a exposição a doenças. Segundo Marie Hagman, uma das autoras do trabalho, as jogadoras de futebol acompanhadas tinham os telômeros 23% mais longos que os do grupo controle.

Em paralelo, a mitocôndria, a bateria da célula, também fica com a capacidade reduzida com o avançar da idade. Telômeros preservados e mitocôndrias carregadas estariam, assim, na base de uma longevidade saudável. Ponto para os esportes!

Estudo aponta que efeitos de modalidades como futebol são visíveis até dentro das células

Faça um esporte e envelheça bem melhor

publicado originalmente em Veja saúde

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