Até quem não se aventura tanto na cozinha pode sair empolgado e botar a mão na massa depois de conhecer as receitas compiladas pela chef francesa Clémence Roquefort nessa nova edição da Larousse de preparos vegetarianos recém-publicada pela Alaúde (clique aqui para comprar). Tem sopas e saladas fora da caixa, um desfile de quiches, crumbles, tortas e risotos, e direito a sobremesas. E tudo com até seis ingredientes principais e quatro etapas de preparo. Ou seja, falta de imaginação e tempo não será desculpa após percorrer as páginas do livro — até porque as fotos são de dar água na boca. Apesar do título, mesmo quem não é vegetariano vai apreciar as sacadas e receitas, só lembrando que algumas levam ovos e lácteos, ou seja, não são veganas. Definitivamente, uma obra que merece estar na estante… e no balcão da cozinha.
Salada de erva-doce com abacate e laranja
A receita leva 45 minutos e rende quatro porçõesIngredientes 1 bulbo de erva-doce 2 laranjas 1 abacate 1/2 limão-siciliano 1 colher (sopa) de mel Azeite, pimenta e sal
Modo de preparo
Corte a erva-doce em tiras e coloque-as numa assadeira. Tempere com azeite, sal e pimenta-do-reino a gosto e leve ao forno a 180 ºC por 30 minutos. Depois deixe esfriar.
Pique as laranjas em gomos e o abacate em cubos. Junte-os à erva-doce e bote tudo numa saladeira.
À parte, misture o suco de limão, o mel e o azeite. Aí é só regar a salada com esse molho e servir. Bom apetite!
“Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão: Que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas.
Encheis a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça. Dai de vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vos estar sozinho, Assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.
Dai vossos corações, mas não confieis a guarda um do outro. Pois somente a mão da vida pode conter nossos corações.
E vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia; Pois as colunas do templo erguem-se separadamente, E o carvalho e o cipreste não crescem a sombra um do outro.”
Eu, que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando Foi justamente num sonho que Ele me falou
Às vezes você me pergunta Por que é que eu sou tão calado Não falo de amor quase nada Nem fico sorrindo ao teu lado
Você pensa em mim toda hora Me come, me cospe, me deixa Talvez você não entenda Mas hoje eu vou lhe mostrar
Eu sou a luz das estrelas Eu sou a cor do luar Eu sou as coisas da vida Eu sou o medo de amar
Eu sou o medo do fraco A força da imaginação O blefe do jogador Eu sou, eu fui, eu vou
Eu sou o seu sacrifício A placa de contramão O sangue no olhar do vampiro E as juras de maldição
Eu sou a vela que acende Eu sou a luz que se apaga Eu sou a beira do abismo Eu sou o tudo e o nada
Por que você me pergunta? Perguntas não vão lhe mostrar Que eu sou feito da terra Do fogo, da água e do ar
Você me tem todo dia Mas não sabe se é bom ou ruim Mas saiba que eu estou em você Mas você não está em mim
Das telhas, eu sou o telhado A pesca do pescador A letra A tem meu nome Dos sonhos, eu sou o amor
Eu sou a dona de casa Nos pegue-pagues do mundo Eu sou a mão do carrasco Sou raso, largo, profundo
(Gita! Gita! Gita! Gita! Gita!)
Eu sou a mosca da sopa E o dente do tubarão Eu sou os olhos do cego E a cegueira da visão
Eu, mas eu sou o amargo da língua A mãe, o pai e o avô O filho que ainda não veio O início, o fim e o meio O início, o fim e o meio Eu sou o início, o fim e o meio Eu sou o início, o fim e o meio
“Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
Mênfis, no Antigo Egito, foi a maior cidade do planeta por quase 1 000 anos, entre 3100 a.C. e 2200 a.C. Tinha 20 000 habitantes. É menos que o bairro da Sé, no centro de São Paulo, nos dias atuais. Imagine o quanto era difícil proteger a privacidade numa cidade de 5 000 anos atrás.
Não é que a preocupação não existisse. Aristóteles, que viveu no século 4 a.C., defendia que a vida se dividia em duas esferas, a pública, que acontecia na pólis, e a privada, que o filósofo chamava de oikos.
Mas, na prática, as comunidades humanas moravam em vilas. Ali tudo o que acontecia era, de uma forma ou outra, público, especialmente no ambiente familiar, que era muito mais extenso do que hoje em dia.
A preocupação de garantir o direito a proteger a vida de bisbilhoteiros é uma invenção muito mais recente: a primeira proposta de lei com esse objetivo surgiu nos Estados Unidos, na década de 1890. E os juristas Samuel Warren e Louis Brandeis propuseram, de forma pioneira, no artigo “The Right of Privacy”, que todo cidadão tinha o “direito de ser deixado sozinho”.
Na época, a maior cidade do mundo era Londres e tinha 5,5 milhões de habitantes. Em metrópoles desse porte, era possível, pela primeira vez, garantir segredo em pelo menos alguns aspectos da vida. Como apontou o escritor Edgar Allan Poe no conto O Homem na Multidão, publicado na capital da Inglaterra em 1840, numa grande cidade era possível estar no meio da rua, cercado por pessoas, e não conhecer absolutamente ninguém.
A iniciativa foi transformada em diferentes leis, difundidas inicialmente no mundo anglo-saxão, num momento em que a Inglaterra controlava as terras onde viviam 23% da população global, e os Estados Unidos ainda estavam sob a influência dos códigos britânicos. O conceito jurídico de privacidade continuou avançando. As leis europeias desenhadas entre meados dos anos 1960 e início dos 1970 o atualizaram, mergulharam em detalhes e se mostraram visionárias – a lei sobre a divulgação de dados pessoais promulgada na cidade alemã de Hessen é ainda hoje citada como referência para a legislação a respeito da internet.
Mundo fascinante
Acontece que agora, com a nova sociedade digital, voltamos a viver em vilas. O privado e o público estão novamente misturados, quase como uma babilônia digital. “Ao atender um telefone dentro de um teatro, estamos vivendo um momento privado em um ambiente público. Por outro lado, ao publicar um post com uma foto tirada dentro do nosso quarto, estamos vivendo um momento público em um ambiente privado”, avalia o sociólogo e professorMassimo Di Felice, coordenador do Centro Interacional de Pesquisa da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP).
O digital muda tudo, inclusive num sentido inédito na história da nossa espécie, segundo o professor: agora, a sociedade humana não é exclusivamente formada… por seres humanos. Os espaços são ocupados por pessoas e equipamentos, em um nível quase de igualdade. “Agora convivemos com tecnologias ligadas à internet o tempo todo. Estar conectado é uma condição básica da vida. A divisão física entre ambiente público e privado, que costumava ser definida pela arquitetura, não existe mais”, explica. Nesse contexto, o cenário muda, enquanto a noção de privacidade se ajusta de acordo com a cultura, a vivência e a geração.
A tecnologia fundiu os limites entre público e privado. Mas há como aproveitar esse novo mundo e proteger sua privacidade e seus dados sensíveis
Ministério da Saúde, empresas vinculadas à Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) fizeram reduções no teor de sódio em várias categorias alimentícias entre 2011 e 2017.
Cruzando essas mudanças com dados do IBGE sobre a dieta do brasileiro, o biólogo Eduardo Nilson, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), descobriu o seguinte: até 2032, a medida tende a evitar 180 mil casos de eventos cardiovasculares, como infarto e AVC.
Além disso, cerca de 2,6 mil mortes por males do tipo podem ser poupadas. “Esse número sobe para 14 mil se considerarmos outros problemas causados pelo abuso de sódio”, conta Nilson. “É bastante coisa, mas devemos avançar na redução, inclusive aprimorando esse acordo”, analisa o pesquisador.
Olho nos rótulos: o limite de sódio por dia é 2 000 mg, o que representa 5 g de sal.
Embora o consumo de industrializados venha aumentando por aqui, Nilson conta que as fontes mais relevantes de sódio na rotina do brasileiro ainda são o sal de cozinha e os temperos à base de sal. Mais de 70% do mineral ingerido ao dia vem dessa dupla. “Eles são necessários para preparar as refeições, mas é preciso usar com moderação”, aconselha o profissional da USP.
Levantamento atesta importância de rever a fórmula de alimentos processados
Já foram catalogadas 8 mil doenças raras que afetam cerca de 3 milhões de pessoas no mundo. São distúrbios pouco conhecidos por muitos profissionais de saúde e, por isso, suas vítimas demoram a encontrar um diagnóstico. Entre esses males está a epidermólise bolhosa (EB), que atinge em cheio a qualidade e a expectativa de vida das crianças.
De origem genética, a doença faz com que a pele seja tão fina que ela é incapaz de suportar qualquer contato. Aí, surgem feridas pelo corpo todo. E essa característica também leva ao preconceito: por causa do aspecto na pele, muita gente acha que se trata de um problema transmissível.
“Os pacientes são chamados de crianças-borboleta, porque a pele é como a asa de um inseto”, explica Michele Migliavacca geneticista da GeneOne, empresa de genômica da Dasa. “E vão surgindo bolhas que viram ferimentos ao menor trauma”, acrescenta.
O Brasil tem pouco mais de mil pessoas pessoas diagnosticadas com o quadro, e outras 121 morreram nos últimos cinco anos. No mundo, são cerca de 500 mil acometidos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, boa parte dessas famílias não tem condições de bancar o tratamento, que custa, em média, R$ 40 mil por mês.
Apoio necessário
Ao ter contato com uma dessas histórias, Aline Teixeira da Silva foi em busca de conhecimento e descobriu que mais gente precisava de ajuda. Assim nasceu a ONG Jardim das Borboletas, no município de Calculé (BA).
Assim são conhecidos os pacientes com epidermólise bolhosa, doença que provoca lesões graves por toda a pele e as mucosas