
O derretimento de geleiras é uma consequência bem conhecida das mudanças climáticas e está acontecendo mais rápido do que nunca. O fenômeno é observado de perto por cientistas, mas, devido às altas altitudes, geleiras de montanhas costumam ser menos estudadas .
Em 2019, uma expedição investiu nessa frente. Uma equipe internacional de cientistas viajou até a South Col Glacier (SCG), a geleira mais alta do Monte Everest, para conferir se o derretimento de gelo também estava acontecendo por lá, a 7 mil metros de altura.
O estudo, publicado na última quinta (3) na revista Climate and Atmospheric Research, é considerado o mais completo já realizado no sul da montanha. Ele descobriu que a SCG perdeu gelo que levou cerca de 2 mil anos para se formar e, no ritmo de derretimento atual, pode desaparecer completamente daqui trinta anos.
Os cientistas criaram mapas de alta resolução, estudaram a história das geleiras, instalaram cinco estações meteorológicas por lá e coletaram amostras. A equipe até adaptou um equipamento de perfuração para carregá-lo montanha acima e extrair um cilindro de gelo de 10 metros da SCG.
Mudanças climáticas causaram o derretimento de 55 metros de gelo – e podem levar ao desaparecimento da geleira daqui trinta anos.
Em três décadas, geleira mais alta do Everest perdeu 2 mil anos de gelo
publicado originalmente em superinteressante