Pegadas de dinossauro aparecem em leito de rio nos Estados Unidos

Uma seca sumiu com a água do Rio Paluxy, em um parque estadual do Texas, nos Estados Unidos. Então elas surgiram: pegadas que dinossauros deixaram por ali há cerca de 113 milhões de anos.

O Dinosaur Valley State Park (ou “Parque Estadual Vale dos Dinossauros”, em tradução livre) é famoso por marcas deixadas por dinossauros, como o nome sugere. Mas é difícil elas darem as caras. Em condições climáticas normais, os rastros ficam embaixo d’água e cobertos por sedimentos.

Na época das pegadas, a área em que hoje é o parque ficava à beira de um mar que avançava e recuava continuamente. A presença de conchas por ali acabou formando uma lama rica em carbonato de cálcio, com a consistência ideal para preservar as impressões.

A seca de agora revelou cerca de 60 impressões do Acrocanthosaurus. Há 140 pegadas de dinossauros no total, e as do Acrocanthosaurus não eram vistas desde o ano 2000.

A seca trouxe à tona pegadas de 113 milhões de anos, feitas por um parente do T-Rex. Confira.

Pegadas de dinossauro aparecem em leito de rio nos Estados Unidos

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Cientistas encontram fóssil de dinossauro que teria morrido no mesmo dia da queda de asteroide

Nos Estados Unidos, paleontólogos encontraram o fóssil da perna de um dinossauro herbívoro e bípede chamado tescelossauro. Ela está muito bem preservada e ainda possui restos de pele, mas não só é isso que faz dessa uma descoberta extraordinária: o animal em questão pode ter morrido, há 66 milhões de anos, no mesmo dia do impacto do asteroide que eliminou os dinossauros da face da Terra.

Não há sinais de que o tescelossauro foi morto por um predador ou por doença – ele teria morrido instantaneamente. “Como um cientista, não posso dizer [com certeza] que nós temos um animal que morreu na onda causada pelo impacto”, afirma Robert DePalma, paleontólogo da Universidade de Manchester (Inglaterra) que liderou as escavações. “Mas é compatível.”

A perna foi encontrada no sítio paleontológico de Tanis, no estado de Dakota do Norte. É a primeira evidência direta de como o asteroide de aproximadamente 10 quilômetros de diâmetro afetou a vida na Terra, causando uma grande extinção em massa.

Perna de tescelossauro encontrada nos EUA não apresenta sinais de que o animal foi morto por predador ou doença; ele teria morrido há 66 milhões de anos, no mesmo dia do impacto do asteroide que varreu os dinossauros da face da Terra

Cientistas encontram fóssil de dinossauro que teria morrido no mesmo dia da queda de asteroide

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Asteroide extinguiu os dinossauros na primavera do Hemisfério Norte

Há 66 milhões de anos, o impacto de um asteroide na península de Yucatán, no México, varreu os dinossauros da face da Terra – e três quartos de todas as espécies que existiam por aqui. Mas o evento pode ter sido especialmente catastrófico para animais do Hemisfério Norte. Eles morreram assistindo ao desabrochar das flores, na primavera.

A hipótese é de uma equipe internacional de cientistas que analisou fósseis de peixes mortos no momento do impacto e encontrou indícios de que ele aconteceu durante a primavera boreal. As descobertas foram publicadas na revista Nature.

Os fósseis estudados, de peixes-espátula e esturjões, foram encontrados no sítio fossilífero Tanis, localizado no estado norte-americano da Dakota do Norte, na formação geológica de Hell Creek. Tanis é um lugar importante para a paleontologia, pois reúne vítimas diretas do impacto e mostra como o evento afetou a vida no planeta.

Acredita-se que a colisão gerou um tsunami que misturou e soterrou todas as criaturas que viviam por lá – que morreram em menos de uma hora. Os fósseis encontrados em Tanis são bem preservados, e os peixes ainda guardam, em suas guelras, pequenas esferas de vidro originárias da rocha espacial que caíram do céu após o impacto.

Fóssil de peixe-espátula encontrado no sítio de Tanis (Estados Unidos) e analisado no estudo.

Os cientistas estudaram os ossos dos peixes a fim de identificar ciclos sazonais de crescimento (mais ou menos como acontece com anéis de troncos de árvores), além de rastrear mudanças anuais na densidade e no volume das células ósseas.

O prato favorito dos peixes era zooplâncton. A abundância desses seres microscópicos varia de acordo com a estação do ano. Pensando nisso, os pesquisadores estudaram mudanças nos isótopos de carbono de um dos peixes. Esses isótopos revelam o padrão de alimentação dos peixes – e logo, a abundância de zooplâncton no ambiente.

Segundo os pesquisadores, todas as variações sazonais estudadas indicam que os peixes morreram na primavera, antes da estação de alimentação chegar ao clímax.

Isso significa que o impacto do asteroide teria acontecido em estágios de vida sensíveis dos organismos do Hemisfério Norte: o início dos ciclos reprodutivos. Isso pode ter contribuído para taxas de extinção maiores entre esses animais.

O estudo indica que, por outro lado, o evento teria sido menos catastrófico para animais do Hemisfério Sul, que se preparavam para o inverno. Isso porque, segundo a teoria principal sobre o evento de extinção, após a intensa onda de calor desencadeada pelo impacto do asteroide, uma grande nuvem de detritos bloqueou parte da luz solar e deixou o planeta na escuridão.

“Para ser capaz de combater aquele inverno nuclear, primeiro você tinha que sobreviver ao impacto”, afirma a pesquisadora Melanie During, autora principal do estudo, ao jornal The Guardian. “Qualquer coisa no Hemisfério Sul que já estivesse abrigado tinha uma chance muito maior de sobreviver.”

“Esta descoberta crucial ajudará a descobrir por que a maioria dos dinossauros morreu, enquanto as aves e os primeiros mamíferos conseguiram escapar da extinção”, afirma em comunicado.

E mais: isso pode ter dado uma vantagem para os animais no Hemisfério Sul. Entenda.

Asteroide extinguiu os dinossauros na primavera do Hemisfério Norte

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Dinossauro que viveu há 150 milhões de anos pode ter tido infecção respiratória

Tosse, febre, dores de cabeça e nariz escorrendo. Esses sintomas são familiares para nós, mas você provavelmente nunca imaginou um dinossauro sofrendo com uma doença respiratória. Agora, os cientistas encontraram as primeiras evidências para isso – a partir de um fóssil apelidado de “Dolly”.

“Dolly” era um dinossauro herbívoro de pescoço longo (conhecido como saurópode) que viveu há 145 milhões de anos, durante o período Jurássico. Ele habitava a região em que hoje fica o estado de Montana, ao norte dos Estados Unidos.

Paleontólogos encontraram o fóssil de Dolly – o crânio e parte do pescoço – em 1990. Desde então, o material permaneceu no Museum of the Rockies (Montana) até ser estudado pelo paleontólogo americano Cary Woodruff – que explica que o apelido do dinossauro é homenagem à cantora country Dolly Parton.

Em 2018, Woodruff percebeu que havia algo de estranho nas vértebras de Dolly: saliências irregulares que se pareciam com uma flor de brócolis. Ele nunca havia encontrado algo semelhante, então entrou em contato com outros pesquisadores em suas redes sociais para, quem sabe, encontrar alguma pista.

Doença que causa inflamação dos sacos aéreos em aves modernas pode ter sido responsável por danos nas vértebras do saurópode “Dolly”.

Dinossauro que viveu há 150 milhões de anos pode ter tido infecção respiratória

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Paleontólogos encontram primeiro dinossauro sem dentes da América do Sul

O T.Rex talvez seja o primeiro dinossauro que venha à sua mente quando falamos em terópodes. A associação não está errada, mas a subordem de dinossauros não se limita a ele. Na verdade, até mesmo as aves entram nesse balaio, provando que há uma grande diversidade nesse grupo de animais.

A diversidade é tanta que há espaço até para o dino banguela Berthasaura leopoldinae. Seus fósseis, que descrevem uma espécie inédita no Brasil, foram encontrados em um sítio conhecido como Cemitério de Pterossauros, localizado em Cruzeiro do Oeste, no Paraná. O estudo completo foi publicado nesta quinta-feira (18) na revista Scientific Reports.

Conheça “Bertha”, um terópode que viveu entre 70 e 80 milhões de anos atrás cujos fósseis foram achados em Cruzeiro do Oeste, no Paraná.

Paleontólogos encontram primeiro dinossauro sem dentes da América do Sul

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Médico aposentado descobre nova espécie de dinossauro narigudo

Jeremy Lockwood é um clínico geral aposentado que decidiu se aventurar na paleontologia. O britânico, que faz PhD na Universidade de Portsmouth (Inglaterra), passou cerca de quatro anos desempacotando e catalogando ossos guardados nas coleções do Museu de História Natural de Londres e do Museu da Ilha dos Dinossauros, localizado na Ilha de Wight. Mas foi durante as restrições impostas pela pandemia que ele fez sua maior descoberta: uma espécie inédita de dinossauro. 

Por mais de um século, os cientistas acreditaram que havia apenas dois tipos de dinossauros iguanodontes na Ilha de Wight, o Iguanodon bernissartensis e o Mantellisaurus atherfieldensis, já que apenas estes haviam sido registrados na região. Iguanodonte é um gênero de dinossauro herbívoro e bípede que habitou a Terra há cerca de 126 milhões de anos.

Porém, enquanto estudava pedaços de crânio de um deles, Lockwood percebeu que ele tinha um osso nasal arredondado. Lembrava um “nariz de batata” – uma frente mais achatada com os lados mais abertos.

Como ex-médico e conhecedor da anatomia humana, Lockwood sabia que os ossos do Homo sapiens eram obrigatoriamente todos iguais – e que isso não seria diferente com os dinos. E acontece que o Mantellisaurus, espécie à qual o fóssil havia sido atribuído, possui o osso nasal mais reto.

O aposentado, que se propôs a medir e fotografar cada amostra estudada, percebeu ainda que o espécime não era apenas narigudo, mas também tinha um sorrisão: 28 dentes, enquanto o Mantellisaurus possuía 23 ou 24.

Estudante de paleontologia, ele percebeu a novidade ao catalogar fósseis atribuídos a uma outra espécie – e que estavam guardados desde 1978.

Médico aposentado descobre nova espécie de dinossauro narigudo

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Pesquisadores descobrem a primeira espécie de dinossauro que viveu na Groenlândia

A partir de dois crânios bem preservados, pesquisadores identificaram uma nova espécie de dinossauro, que viveu há cerca de 214 milhões de anos na atual Groenlândia. Em homenagem à cultura local, ele recebeu o nome científico de Issi saaneq, que significa “osso frio” em kalaallisut – o principal dos dialetos inuítes da ilha.

Os fósseis foram encontrados em escavações de 1994 por pesquisadores da Universidade Harvard – e inicialmente atribuídos à espécie Plateosaurus trossingensis, muito encontrada na Alemanha. Mas as descobertas feitas desde então por paleontólogos ao redor do mundo, que possibilitam novas comparações, permitiram que os crânios fossem reavaliados. A nova investigação ficou por conta de uma equipe internacional que inclui pesquisadores de universidades de Portugal, da Dinamarca e da Alemanha. O estudo com as novas descobertas foi publicado na revista Diversity.

Os cientistas analisaram os crânios – de um indivíduo jovem e outro quase adulto – a partir de microtomografia computadorizada, que permitiu a criação de modelos digitais em 3D das estruturas internas e dos ossos ainda cobertos por sedimentos. “A anatomia dos dois crânios é única em muitos aspectos, como na forma e nas proporções dos ossos. Estes espécimes pertencem certamente a uma nova espécie”, explica Victor Beccari, autor principal do estudo, em comunicado.

O sauropodomorfo “Issi saaneq” viveu na ilha há cerca de 214 milhões de anos, no final do Período Triássico, quando o Oceano Atlântico estava se formando.

Pesquisadores descobrem a primeira espécie de dinossauro que viveu na Groenlândia

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Dinossauros viviam em grupo há 193 milhões de anos, indica estudo

Cem ovos e 80 esqueletos de dinossauros compõem a descoberta paleontológica que está sendo considerada, por alguns especialistas, como uma das principais deste ano. O conjunto de fósseis encontrado na Argentina é a evidência mais antiga conhecida de que dinossauros viviam em grupos – e ficavam separados de acordo com suas idades.

Os achados aconteceram na Formação Laguna Colorada, no sul da Patagônia, famosa por abrigar fósseis de dinossauros da espécie Mussaurus patagonicus. Foram esses que a equipe internacional de cientistas encontrou por meio de escavações ao longo dos últimos anos, e analisou no estudo publicado na revista Scientific Reports.

Não é novidade que os dinossauros eventualmente viviam em bandos. Mas o comportamento só era encontrado em animais que existiram até 150 milhões de anos atrás. As descobertas recentes sugerem que eles já viviam em comunidade 40 milhões de anos antes: no início do período Jurássico.

Mussaurus patagonicus era um dinossauro herbívoro, cujo peso aproximado de 1,5 tonelada se distribuía em um corpo de 3 metros de altura e 8 de comprimento. A espécie faz parte de um grupo chamado sauropodomorfo, composto por dinossauros de pescoço e cauda longa.

Ovos e esqueletos do Mussaurus patagonicus indicam que a espécie se organizava em “panelinhas” separadas por idade.

Dinossauros viviam em grupo há 193 milhões de anos, indica estudo

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Fóssil “estranho” de anquilossauro mais antigo conhecido intriga paleontólogos

Um fóssil encontrado na cordilheira do Atlas, em Marrocos, pertenceu ao mais antigo – e estranho – anquilossauro descoberto até agora. As costelas desse dino são tão incomuns que os paleontólogos que se dedicaram ao seu estudo pensaram, a princípio, que poderiam ser falsificações: há uma série de espinhos de queratina (como os chifres de um rinoceronte) se projetando a partir dos ossos.

Sabe-se que os anquilossauros eram herbívoros e tinham o corpo envolto por uma carcaça bastante rígida, protegida por extremidades afiadas. Eram tanques de guerra pré-históricos movidos a mato e blindados contra carnívoros. Os fósseis encontrados até hoje exibiam pontas incorporadas apenas à pele do animal. Este anquilossairo é o primeiro a apresentá-las fundidas ao esqueleto.

Encontrada na Cordilheira do Atlas, em Marrocos, essa costela de anquilossauro tem 168 milhões de anos e possui espinhos de queratina fundidos ao osso, uma característica inédita no registro fóssil.

Fóssil “estranho” de anquilossauro mais antigo conhecido intriga paleontólogos

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