Por que alguns cachorros têm medo de fogos de artifício?

Orelhas abaixadas, respiração ofegante e tremedeira. Alguns cachorros ficam tão perturbados com o barulho de fogos de artifício e tempestades que acabam se escondendo ou saem correndo, para o desespero dos donos.

Nossos amigos de quatro patas ouvem em um espectro de frequência duas vezes maior que os humanos e podem escutar sons quatro vezes mais distantes que nós. Mas a audição aguçada não é sinônimo de sensibilidade: nem todo cão se abala com os ruídos altos e imprevisíveis. Por quê?

Cientistas já descobriram algumas variáveis que estão em jogo. Confira abaixo e, ao fim deste texto, descubra o que pode fazer para (tentar) aliviar o medo do seu cãozinho.

Nem todo cão se abala com os ruídos altos e imprevisíveis. Confira algumas variáveis que entram em jogo e descubra o que fazer para acalmar seu cãozinho.

Por que alguns cachorros têm medo de fogos de artifício?

publicado em superinteressante

Pela primeira vez, cães são clonados a partir de células editadas

Dois cães beagle nasceram na Coreia do Sul a partir de células da pele clonadas e alteradas pela técnica de edição genética chamada CRISPR. É a primeira vez que cientistas fazem isso, e os resultados do experimento foram publicados na revista BMC Biotechnology.

Quem está à frente do feito é a empresa de biotecnologia ToolGen. Muitos cães de raça pura têm mutações genéticas causadoras de doenças – como os pugs e bulldogs franceses, que apresentam achatamento do crânio. A ideia é que a edição genética possa eliminar esse tipo de condição, que afeta a saúde canina.

A pesquisadora Okjae Koo, da ToolGen, e seus colegas começaram o experimento editando células da pele, reprimindo a expressão de um gene chamado DJ-1. Mutações nesse gene estão associadas com doenças como o Parkinson, então estudar cachorros que sofreram essa edição genética pode ajudar a desenvolver tratamentos, segundo os pesquisadores.

Saudáveis, eles têm uma característica inédita: brilham na luz ultravioleta. A ideia é que a edição possa eliminar doenças causadas por mutações dos genes.

Pela primeira vez, cães são clonados a partir de células editadas

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Cães evoluíram de duas populações distantes de lobos, aponta estudo

Há uma reviravolta nas teorias que explicam as origens dos cães domésticos. O consenso é de que esses animais de estimação vieram de uma evolução dos lobos-cinzentos (Canis lupus) mais mansos, que se adaptaram a viver junto aos seres humanos em troca de comida constante. Mas um novo estudo inglês descobriu que os cachorros tiveram uma evolução mais complexa do que se imaginava até agora. 

Pesquisadores do Francis Crick Institute, um centro de pesquisa biomédica em Londres, revelaram em um artigo na Nature que os cães têm, pelo menos, mais um ancestral selvagem. 

Os cientistas analisaram 72 genomas de lobos que viveram na Europa, Sibéria e América do Norte até 100 mil anos atrás. E então os comparou com genomas de cães primitivos e modernos. Assim, descobriram que, embora a ascendência de cães primitivos parecesse estar enraizada apenas em lobos-cinzentos da Ásia, há uma contribuição genética de outros animais: uma população de lobos mais ao Ocidente, identificada principalmente entre cães da África e do Oriente Médio, e em menor número em europeus. 

A teoria predominante concentrava essa ancestralidade na Ásia. Mas pesquisadores acharam genes de lobos mais ao Ocidente entre os cachorros atuais.

Cães evoluíram de duas populações distantes de lobos, aponta estudo

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Comer só uma vez ao dia pode melhorar o envelhecimento dos cachorros

Ninguém está imune ao tempo. Até mesmo nossos mais fiéis companheiros, os cachorros, ficam “idosos” um dia. Apesar de se saber pouco sobre o lado mental do envelhecimento canino, é bem evidente quando o animalzinho já não tem a mesma disposição física de sempre.

Motivados pelo desejo de aumentar o tempo de vida saudável dos cães, cientistas planejaram um estudo da relação entre o bem-estar do animal e a frequência com que ele comia. A pesquisa concluiu que cães que são alimentados mais vezes ao dia apresentam resultados piores em exames de saúde. Envelhecem melhor aqueles que comem uma vez só.

Os dados foram fornecidos pelo Dog Aging Project, um estudo de longo prazo da Universidade de Washington que coleta informações sobre cachorros fornecidas pelos próprios donos, e que busca compreender mais sobre como eles envelhecem.

Estudo sugere que restringir o número de vezes em que o animal se alimenta tem impacto positivo em sua saúde.

Comer só uma vez ao dia pode melhorar o envelhecimento dos cachorros

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Raça não determina personalidade do cachorro, sugere estudo

Por Maria Clara Rossini

O filme “Marley e Eu” tem todo o estereótipo do labrador: brincalhão, hiperativo, amoroso e bagunceiro. Se o protagonista fosse um pinscher, o filme teria sido bem diferente. Esses cães em miniatura são famosos por serem estressados, nervosos e bravos. Mas até que ponto podemos atrelar a personalidade de um cachorro à raça?

Pesquisas anteriores já mostraram que alguns traços de personalidade estão atrelados à genética da raça. Algumas raças, por exemplo, foram selecionadas para serem caçadoras, enquanto outras são boas para ficar de guarda. Mas essa comparação só faz sentido quando se olha para o comportamento médio entre as raças, e não comparando os cães individualmente.

A pesquisa concluiu que apenas 9% das diferenças de personalidade entre raças têm origem genética.

Raça não determina personalidade do cachorro, sugere estudo

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Brinque com os cães de forma segura.

A brincadeira é importante para a saúde do nosso cão por estimular a socialização, deste modo, precisamos incentivá-lo a interagir diariamente. Se o cão não se exercita, aumenta-se o risco de obesidade. Um cão entediado pode se tornar destrutivo e apresentar maus comportamentos, tais como cavar, mastigar ou latir além do normal. Quanto mais brincarmos […]

Brinque com os cães de forma segura.

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Cães sofrem com luto quando outro cachorro morre

Não é só entre a espécie humana que a perda de alguém querido dá início a um processo de luto. Expressões de pesar já foram observadas entre grandes macacos, golfinhos, pássaros e elefantes – estes, por exemplo, se movem de maneira lenta e deprimida após a morte de um parente.

Entre os cães, mudanças de comportamento depois da morte de um companheiro canino já tinham sido percebidas por tutores, mas não haviam sido estudadas por cientistas. Até agora.

Para descobrir se cachorros também passam por algo semelhante ao luto, uma equipe de pesquisadores liderada por Federica Pirrone, especialista em comportamento animal da Universidade de Milão, consultou 426 voluntários que perderam um de seus cães enquanto outro permaneceu vivo. Eles foram entrevistados após responderem a um questionário online sobre o comportamento e as emoções de seus cães sobreviventes.

Pesquisa inédita investigou essa tristeza profunda entre cães. 86% dos animais tiveram mudanças de comportamento após a perda de um companheiro canino.

Cães sofrem com luto quando outro cachorro morre

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Por que os cães inclinam a cabeça? Este estudo oferece pistas

Nossos amigos caninos fazem um monte de coisas adoráveis – e inclinar a cabeça para o lado enquanto olham para nós com certeza é uma delas. O comportamento parece indicar que o animal está confuso, mas ainda não se sabe ao certo por que eles fazem isso.

Agora, um estudo sugeriu que esse pode ser, na verdade, um sinal de atenção. Os pesquisadores levantaram essa hipótese por acaso durante o Genius Dog Challenge (“desafio do cachorro gênio”, em inglês), que consiste em uma série de experimentos transmitidos ao vivo nas redes sociais e reúne cães espertos e treinados do mundo inteiro.

Antes de falar sobre o estudo em si, vale entender um pouco sobre o comportamento canino. É comum que cachorros identifiquem com facilidade ações como “sentar” e “passear”, mas palavras relacionadas a objetos, por exemplo, demandam mais esforço por parte deles.

Contudo, alguns acabam se revelando craques nessa tarefa. Cachorros do Genius Dog Challenge, por exemplo, são capazes de reconhecer de 30 a 100 nomes de brinquedos.

Ao longo de meses de experimentos que verificavam a habilidade em memorizar palavras, os pesquisadores perceberam que os cães talentosos do Genius Challenge inclinavam a cabeça em 43% das vezes em que eram solicitados a pegar um brinquedo. Cachorros com habilidade comum, por outro lado, inclinavam a cabeça em só 2% das vezes.

Pesquisa com cães experts em reconhecer nomes de objetos sugere que comportamento pode ser sinal de concentração. Entenda.

Por que os cães inclinam a cabeça? Este estudo oferece pistas

publicado originalmente em superinteressante