Retrato do lúpus no Brasil

Coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com apoio da farmacêutica GSK, um levantamento com 300 pacientes de todas as regiões traçou um perfil detalhado sobre a incidência e as complicações do lúpus no país.

“O mapeamento mostrou mais manifestações cutâneas no Nordeste e mais acometimento renal no Sudeste”, aponta a reumatologista Mirhelen Abreu, coordenadora do Ambulatório de Lúpus da UFRJ e principal autora do trabalho.

O acesso ao tratamento, por sua vez, é mais precário no Norte, onde se pode levar até 11 horas para chegar a uma consulta.

“Os modelos epidemiológicos construídos para a pesquisa apontam que fatores étnicos, clínicos e ocupacionais se associam nos desfechos da doença. Saber disso nos ajuda a traçar diretrizes regionais de cuidados”, explica a reumatologista.

Ficha técnica da doença

Nomelúpus eritematoso sistêmico

O que causa: o sistema imune ataca o organismo, provocando inflamações

Sintomas: fadiga, dores nas articulações, febre, queda de cabelo e manchas avermelhadas no rosto

Principais órgãos acometidos: pele, rins, pulmões e articulações

Prevalência no Brasil: a estimativa é de 65 mil pessoas com a doença

[abril-whatsapp][/abril-whatsapp]

Como é que se trata?

Os primeiros medicamentos prescritos costumam ser os anti-inflamatórios — se necessário, os corticoides, que são eficazes, porém têm mais reações adversas. Outro recurso são os imunossupressores, que freiam o sistema imune, mas podem expor o paciente a infecções oportunistas.

Em alguns casos, recorre-se aos remédios biológicos, capazes de conter a progressão do lúpus.

Há diferenças regionais nas manifestações e no acesso ao tratamento

Retrato do lúpus no Brasil

publicado originalmente em Veja saúde

O que faríamos se um cometa estivesse em rota de colisão com a Terra?

Todo mundo já se perguntou o que aconteceria se um cometa (como aquele que matou os dinossauros) estivesse a caminho da Terra agora. A resposta curta é que a humanidade provavelmente seria extinta. A resposta longa rende um filme da Netflix de duas horas e meia: Não Olhe para Cima, que chega à plataforma no dia 24 de dezembro.

Na trama, a pós-doutoranda Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) descobre um cometa do tamanho do Monte Everest a caminho do planeta. Ele deverá colidir com a Terra em apenas seis meses. Esse é o tempo que Kate e o professor Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) têm para convencer o governo e a população a tomar alguma atitude.

Essa é a pergunta que move a trama de “Não Olhe para Cima”, nova produção da Netflix. Conversamos com Amy Mainzer, consultora científica do filme, para entender o que é fato ou ficção.

O que faríamos se um cometa estivesse em rota de colisão com a Terra?

publicado originalmente em superinteressante

Dos hormônios ao coração: quatro notícias quentes de um congresso médico

Endocrinologistas e cardiologistas, cujos caminhos estão frequentemente conectados, reuniram-se há pouco no evento médico Diacordis para trocarem experiências e se atualizarem. Entre várias discussões, quatro temas se destacaram – e eles podem ter impacto importante no dia a dia de muita gente. Confira:

Reposição hormonal para eles e para elas: quando fica perigoso?

Esse tipo de tratamento deve ter indicação correta e durar um tempo determinado. Quando fatores como esses não são respeitados, coração fica ameaçado.

Para as mulheres, a reposição de hormônios vira assunto durante a menopausa, já que ela é capaz de reduzir sintomas incômodos típicos dessa fase, a exemplo das famosas ondas de calor (os fogachos), ganho de peso e mudanças de humor. Alguns estudos, porém, chegaram a relacionar essa terapia a um maior risco de câncer de mama e doenças cardiovasculares, levando o público feminino a ter dúvidas sobre as vantagens da reposição.

Com o tempo, os médicos foram percebendo que, na verdade, o tratamento deixa de ser bem-vindo quando dura mais de dez anos. Ou seja, é preciso saber a hora certa de parar. 

“A reposição é benéfica para o coração e para a prevenção da osteoporose no período em que a menstruação começa a falhar e os sintomas aparecem. Perto dos 60 anos, porém, o jogo muda, aí a saúde cardíaca entra em risco”, alerta o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), e organizador do Diacordis.

Uso de remédio para a gota contra o infarto e indicação de terapia de reposição hormonal foram alguns dos temas debatidos no encontro

Dos hormônios ao coração: quatro notícias quentes de um congresso médico

publicado originalmente em Veja saúde

Estudo relaciona hábito de andar 7 mil passos diários a menor mortalidade

A quantidade da passos diários e a intensidade na qual eles são dados estão associadas à mortalidade prematura entre mulheres e homens de meia-idade?

Esta pergunta foi feita por pesquisadores da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos. Após dez anos de estudo, eles concluíram que andar pelo menos 7 mil passos por dia reduz de 50% a 70% a mortalidade por todas as causas.

Para isso, 2 110 adultos com idades entre 38 e 50 anos foram divididos em três grupos de acordo com a quantidade de passos diários: baixa (menos de 7 mil), moderada (entre 7 mil e 10 mil) e alta (mais de 10 mil).

Os participantes que deram pelo menos 7 mil passos por dia, medidos por um acelerômetro, apresentaram a menor taxa de risco de mortalidade, que não variou em relação àqueles que andaram mais de 10 mil passos.

Deslocamentos ao longo do dia promovem o condicionamento saudável do corpo, protegendo-o de problemas graves

Estudo relaciona hábito de andar 7 mil passos diários a menor mortalidade

publicado originalmente em Veja saúde

De cortes a queimaduras: inovação à flor da pele

Poucos assuntos são tão badalados quanto os cuidados com a pele. Cremes, pomadas, sprays e tantos cosméticos que prometem reforçar a hidratação ou trazer uma solução para espinhas e rugas surgem com regularidade no mercado, tornando a estética uma das áreas campeãs de audiência.

Só que há outro lado, bem menos glamouroso mas nem por isso menos vital, que pede nossa atenção quando falamos em saúde da pele: a luta contra feridas e lesões crônicas, de difícil cicatrização e capazes de expor o corpo a várias complicações, e tantas vezes relegadas às quatro paredes dos hospitais. A boa notícia é que os especialistas nesse front vêm ganhando novas armas para vencer os antigos tormentos.

As feridas crônicas surgem de diversas formas. Podem começar, digamos, por dentro, a partir de doenças circulatórias ou do diabetes mal controlado, que atrapalham a cicatrização de qualquer corte ou picada de inseto, por exemplo. Assim como podem vir de fora, causadas por traumas físicos ou mesmo infecções.

Cortes, queimaduras, problemas circulatórios e diabetes estão entre as principais causas de feridas que não cicatrizam. Mas há um novo arsenal para sará-las

De cortes a queimaduras: inovação à flor da pele

publicado originalmente em Veja saúde

%d blogueiros gostam disto: