Aspirina pode fazer mal ao coração?

Há pelo menos 30 anos a aspirina é receitada para prevenir infartos e derrames em pessoas com alto risco cardiovascular — isso porque ajuda a evitar as placas que obstruem as artérias. Só que uma nova pesquisa robusta, publicada em periódico da Sociedade Europeia de Cardiologia, relaciona o uso contínuo do remédio a um aumento de 26% no risco de insuficiência cardíaca. Para a cardiologista Salete Nacif, do HCor, em São Paulo, o trabalho levanta a dúvida, mas não é definidor. “Outros estudos, tão grandes quanto esse, não mostram essa associação”, justifica. A médica ressalta, contudo, que o benefício da aspirina é mais certo entre quem já tem um problema cardíaco diagnosticado. “Quando há só um fator de risco, como diabetes ou colesterol alto, parece não fazer diferença tomar ou não o comprimido”, completa. + Leia também:A aspirina NÃO foi inventada pelos nazistas

Para vingar a gestação?

Outro estudo recente, feito com mulheres que tiveram abortos espontâneos, constatou que o uso da aspirina elevou em 10% a taxa de sucesso da gravidez. “Mas, nas mulheres em geral, o benefício não foi notado. Então precisamos de mais dados para entender melhor a relação”, diz a ginecologista Letícia Piccolo, de Vila Velha (ES). “Por ser uma medicação barata e segura, ela poderá representar uma intervenção simples para diminuir o risco de perda gestacional.” [abril-whatsapp][/abril-whatsapp]

Uma longa história…

O princípio ativo da aspirina é utilizado há séculos. Veja mais sobre essa história: 1500 a.C.: O ácido acetilsalicílico, molécula-base da aspirina, vem originalmente da casca do salgueiro. O primeiro relato de uso foi feito em papiro. 75 d.C.: O cirurgião grego Dioscorides, a serviço dos romanos, elabora uma pasta com as cinzas da árvore para tratar calos e as fortes dores da gotaSéculo 18: Após anos e anos de uso empírico, o remédio natural é alvo de um dos primeiros ensaios clínicos da história da medicina. 1826: É descoberta a molécula responsável pelos efeitos terapêuticos. O composto passa a ser depurado em laboratórios. 1900: A aspirina se torna o primeiro medicamento vendido em forma de comprimido no mundo. É chamada de “droga maravilha”. Anos 1980: Surgem os estudos apontando o benefício na prevenção do infarto em pessoas com doenças cardiovasculares.

Levantamento com mais de 45 mil pessoas sugere associação do comprimido com insuficiência cardíaca em alguns casos. Será?

Aspirina pode fazer mal ao coração?

publicado em Veja saúde

Aspirina contra infarto: mudou o perfil de quem deve tomar o remédio

Idosos sem doença cardíaca não deveriam tomar aspirina todos os dias para prevenir um infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), segundo nova recomendação de um grupo de especialistas norte-americanos.

Ainda que ingerido em baixas doses, os riscos de o ácido acetilsalicílico causar sangramento, sobretudo no trato digestivo de pessoas a partir dos 60 anos com esse perfil, são maiores que os possíveis benefícios.

Além de diminuir doresfebres e inflamações, a aspirina também age contra a formação de coágulos e trombos, que prejudicam a circulação sanguínea. Por essa resposta, é usada na prevenção de eventos trombóticos, como o AVC.

mudança, divulgada pela Força-tarefa de Saúde Preventiva dos Estados Unidos no início de outubro, substituirá as recomendações de 2016, que indicavam o remédio como uma primeira medida de prevenção para doenças cardiovasculares. Esse uso, porém, não deve ser excluído de todos os grupos.

Novo documento indica que o remédio não traz benefício para pessoas sem histórico de doenças cardíacas

Aspirina contra infarto: mudou o perfil de quem deve tomar o remédio

publicado originalmente em Veja saúde

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