A Maldição do Farol… Bem vindos ao lar ( parte dois )

O dia transcorreu como o esperado, paisagens naturais, banhos de lagoa, picnic e muitos registros de tudo a volta deles. O pôr do sol de tirar o fôlego, depois as estrelas…tudo que eles haviam sonhado estava acontecendo.
Na manhã seguinte, depois de muitos planos noturnos, cedo já estavam a caminho da praia de água doce novamente…desta vez iam conhecer um farol famoso na região, a expectativa era enorme. Passando no mercado abasteceram-se de sanduíches, frutas e água. O dia prometia, repleto de belezas silvestres, natureza e muita emoção. A cumplicidade dos dois era visível e contagiava ao redor. Há uns cem metros do farol, Nando sentiu o carro dar uma “ segurada” na areia, acelerou um pouco…e o carro morreu. Depois de várias tentativas em vão de fazê-lo pegar, eles descem do carro para ver o que aconteceu.

– Amor, você fez a revisão? Pergunta Beto, contrariado.
-Sim, sim…
Mas Nando estava achando estranho demais aquilo. O que aconteceu depois foi mais esquisito ainda…uma tempestade surgiu do nada, galhos voando, relâmpagos e trovões rasgando o céu da tarde, que antes tinha só uma nuvem aqui, outra ali…eles entraram novamente no carro, na esperança que funcionasse, mas ao invés disso o que viram foi o carro balançando e começando a afundar!
Saíram rápido do veículo, com o coração aos saltos… então ambos olharam para o farol, tão imponente e robusto, parecendo um milagre no meio daquela tormenta. Pegaram o lanche no banco de trás e correram para lá, na pressa de se abrigarem da chuva e do vento. A porta estava aberta, há muito ninguém se importava em fechar… Eles entraram sacudindo as roupas e dando risada da situação. Que fazer agora ? Teriam de esperar o clima dar uma trégua… Beto confere o celular, zero sinal. Nando também não têm.
Já está perto das dezoito horas e não tarda a anoitecer, eles resolvem conferir o carro, a tempestade deu uma amainada. O jipe continua lá, enterrado até a metade dos pneus na lama. Nando propõe dormirem ali, mas Beto prefere tentar voltar andando até conseguirem ajuda ou sinal de celular…
Eles pegam as mochilas e a chave e começam a caminhada de volta, o ocaso e as sombras tornam o caminho igual e confuso, mas não ao ponto de meia hora depois eles se depararem novamente com o farol bem a frente deles…

… continua

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