
Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo, em Piracicaba, e do Instituto Agronômico de Campinas, também no interior paulista, desenvolveram um cultivar de batata-doce de polpa laranja, sinal claro do acúmulo de betacaroteno. A substância é precursora da vitamina A, protetora das nossas células.
O engenheiro-agrônomo Fernando Piotto, professor da Esalq, conta que a nova versão chega a ter cerca de dez vezes mais betacaroteno do que a batata-doce convencional. “Além disso, segue com o mesmo sabor aceito”, comenta. A expectativa é que os produtores tenham acesso às ramas até o início de 2022. Se houver plantio, em meados de junho ela estará no mercado.
Não é transgênico
Piotto explica que a batata-doce turbinada foi obtida por meio de um melhoramento genético clássico — que não tem nada a ver com transgenia. Nesse processo, os cientistas cruzam variedades com características desejáveis, como boa produtividade, sabor agradável e riqueza em certa substância, até chegar a um cultivar que combine todos os atributos. “Isso ocorre desde que o homem dominou a agricultura”, afirma.
Nova espécie tem a polpa alaranjada, que acusa a presença de doses fartas de betacaroteno
Uma batata-doce mais nutritiva
publicado originalmente em Veja saúde